segunda-feira, 13 de julho de 2009

Israel para sempre

A placidez da praça da Sinagoga do kibutz Sde Eliyahu (Foto do autor, 07-2009)

Israel era um país distante, no meio do deserto, habitado por um povo pouco simpático, com uma fama não muito favorável, sempre em guerra com os vizinhos árabes. É mais ou menos assim que pensam muitos brasileiros, entre os quais nos incluíamos. Tempos atrás, cheguei a desdenhar a oferta de inscrição para um estágio em agronomia oferecido para pesquisadores do IAC, por pura ignorância e um quê de preconceito sobre um povo que eu não conhecia. Na verdade, é sempre assim, o preconceito se fundamenta na ignorância, nunca no conhecimento.

Eis que um dia nosso filho mais novo nos informa que está freqüentando as sinagogas e os cursos de conversão para o judaísmo em São Paulo. Ficamos pasmos com tal atitude, relutamos bastante em aceitar, mas era uma decisão sua e a respeitamos. Passamos a tentar entender, mais do que rejeitar, e hoje descobrimos quão sábio foi esse comportamento.
Acabou que ele se converteu mesmo e, um ano depois, conseguiu vir para Israel fazer “Aliah”, um programa da Agência Judaica que promove o retorno dos judeus para Israel. Ele já está aqui há dois anos e meio, como cidadão israelense e seus planos futuros estão todos aqui.

Por conta disso, Israel passou a ser, também para nós, uma pátria distante: a segunda pátria do nosso filho. Começamos a nos interessar por ela, a tentar entender a problemática judaica e fomos descobrindo os esforços hercúleos desse povo que construiu e mantém, a duras penas, um país maravilhoso.

E agora estamos aqui, pela primeira vez, em Israel, visitando o filho e convivendo com os israelenses. Uma experiência fascinante, de onde não voltaremos iguais, mas melhores, mais conscientes da realidade desse país espetacular.
Temos muito que dizer. Por ora, apenas que queremos voltar mais vezes, visitar mais lugares, conhecer mais a história de uma terra abençoada por três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.

Aqui se respira a história milenar junto com a mais moderna tecnologia.
E não há fumaça no ar.